A demência de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa, com piora lenta e gradativa ocasionando, principalmente, a deterioração da memória e posteriormente das demais funções cognitivas do indivíduo.
Quando diagnosticada, a doença pode ser tratada, podendo assim aumentar o tempo de independência e qualidade de vida, já que sobrevida das pessoas que sofrem dela pode chegar a 10 anos.
Estágios do Alzheimer
Na sua forma inicial, a DA provoca distúrbios de memória e pouco comprometimento das atividades de vida diária (AVD’s).
Na sua forma moderada, além do comprometimento mnemônico, doença provoca dificuldade em julgamento crítico, cálculo, no reconhecimento de pessoas, na fala e complicações para realizar e coordenar movimentos complexos do corpo, além de ocasionar mudanças comportamentais.
No seu estágio final, o Alzheimer há total comprometimento do neocórtex, clinicamente observa-se uma confusão mental, perda da sequência lógica da fala, déficit motor importante, alteração do ciclo do sono, agitação, irritabilidade e dependência total de um cuidador para realizar as AVD’s.
A capacidade de processar informações é resultado de uma sequência de atividades cerebrais que captam dados através dos sentidos humanos e interpreta seu conteúdo que é transformado em conhecimento.
Essa capacidade chamamos de cognição. Ela é desenvolvida desde o nascimento até o envelhecimento.
Nossa mente cria interpretações para novos conhecimentos a partir de funções cognitivas como a atenção, memória, pensamento, percepção e aprendizagem.
Essas funções são essenciais para que possamos realizar atividades comuns do nosso dia a dia. É o raciocínio prático que nos possibilita resolver problemas complexos e até mesmo praticar exercícios físicos, por exemplo.
É natural acontecer um declínio da função cognitiva em pessoas com idade superior a 65 anos. A medida que envelhecem, cada pessoa apresenta prejuízos cognitivos mais ou menos acentuados, dependendo do estilo de vida de cada um.
Idosos que tem uma alimentação saudável, não fumam, praticam exercícios, fazem leituras, realizam atividades que envolvem habilidades de raciocínio, possuem uma vida social ativa, apresentam uma menor queda das funções cognitivas, comparado aos que levam uma vida sedentária, realizando apenas atividades rotineiras e sem muito contato social.
O envelhecimento não está atrelado obrigatoriamente as perdas cognitivas. O idoso que cuida da saúde, pode tomar alguns cuidados para manter essa capacidade intelectual sempre ativa.
Testes Cognitivos: Para que servem?
É possível acompanhar como andam as atividades da mente através de testes neuropsicológicos, que podem prevenir doenças mais graves como as demência, incluindo o Alzheimer.
Foi pensando nessa prevenção que a Academia Americana de Neurologia (ANN) divulgou uma nova orientação sobre testes cognitivos.
A instrução é para que os adultos a partir dos 65 anos realizem avaliações anuais para monitorar a sua capacidade de cognição.
Testes Cognitivos: como funcionam?
O principal autor da orientação dada pela ANN, afirma que esses testes são efetivos porque geralmente as pessoas que estão apresentando problemas de memória não reconhecem ou não atentam que estão com algum problema.
O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) é um comprometimento cognitivo que não afeta diretamente nas atividades comuns que a pessoa realiza. Ela pode seguir uma vida independente e pode achar que alguns esquecimentos são comuns da idade.
Porém, esse déficit pode ser muito mais forte do que o declínio cognitivo apresentado em consequência ao envelhecimento. O CCL pode permanecer estável e não evoluir durante um bom tempo.
Caso a pessoa que sofre com esse comprometimento não procure uma orientação médica a tempo, ela tem mais chances de desenvolver o Alzheimer.
É por isso que essas avaliações anuais são fundamentais para ajudar a identificar qualquer comprometimento cognitivo que a pessoa possa ter, como também auxilia o médico a monitorar a evolução do problema.
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Déficit Cognitivo: O que os médicos recomendam?
O presidente do Departamento de Medicina da Universidade do Alabama relata que é muito importante que haja incentivo por parte dos médicos para alertar as famílias dos pacientes, quando estes demonstrarem sinais e sintomas de algum prejuízo na capacidade de cognição.
Segundo ele, é fundamental que os médicos conversem com seus pacientes e familiares sobre suas preocupações, para investigar os sinais que podem passar despercebidos, mas que representam alertas sobre o processo cognitivo do idoso.
Manter a saúde mental diminui as chances de desenvolver o Alzheimer
A Academia Americana de Neurologia também recomenda que essa avaliação anual faça parte de um conjunto de atividades a serem desenvolvidas para a melhoria da qualidade de vida dos seus pacientes.
As pesquisas sobre o déficit na capacidade de cognição dos idosos mostram que os pacientes que praticam exercícios físicos, se alimentam de forma balanceada e saudável tem o comprometimento em menor proporção.
Provando que manter uma boa saúde mental exercitando o cérebro garante que o indivíduo consiga combater as consequências negativas do envelhecimento e diminuir consideravelmente as chances de desenvolver o Alzheimer ou qualquer outro tipo de demência.
Testes Cognitivos também podem ajudar no tratamento da Doença de Alzheimer?
Segundo a Associação de Alzheimer, a descoberta precoce desse déficit cognitivo do paciente traz muitos benefícios. Um deles é a oportunidade de ter um diagnóstico mais preciso que possibilite reverter esses prejuízos.
Até mesmo para as pessoas que já tem o diagnóstico de Alzheimer, essa avaliação detalhada permite um melhor tratamento do paciente, com cuidados intensivos e eficazes para possibilitar atrasar um pouco mais os efeitos degenerativos da doença.
Aqui na clínica Neurologia Integrada, contamos com a psicóloga Dra. Stephanie Toledo Piza Maurano, especializada em neuropsicologia e reabilitação cognitiva, formada pela PUC-GO e com mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Goiás.
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