Descobrir parentes com Alzheimer pode ser um choque para muitas pessoas. Essa doença neurológica não possui causas cientificamente comprovadas, ou uma cura definitiva.
Contudo, após ser diagnosticado, o paciente precisará de apoio familiar para passar pelo tratamento e usufruir de uma boa qualidade de vida pelo restante de seus anos convivendo com a doença.
É necessário seguir todas as recomendações médicas e dar prosseguimento aos tratamentos com manipulação de medicamentos, mas os familiares podem se sentir perdidos no momento de auxiliar parentes com Alzheimer.
São muitas as dúvidas que surgem acerca dessa condição, e é preciso se atentar a determinadas especificações sobre o tratamento e o quadro médico do familiar.
No entanto, prosseguindo com as instruções corretas, é possível fornecer o melhor suporte possível ao paciente, e fazer com que sua rotina se torne menos árdua.
Tudo o que você e sua família precisam saber sobre como cuidar de seus parentes com Alzheimer
Como o Alzheimer afeta a família
No momento em que um parente com Alzheimer é diagnosticado, toda a dinâmica familiar deve ser alterada e se adaptar às necessidades do paciente.
É necessário que a situação da família seja revista. Caso o paciente more sozinho, é preciso que alguém se mude com ele, ou, ao menos, contrate um profissional que possa acompanhá-lo diariamente.
Os familiares mais próximos deverão se tornar responsáveis pelas decisões tomadas pelo parente com Alzheimer.
Além disso, a questão monetária também é fundamental. Muitas vezes, o tratamento é caro, mas há outras adaptações a serem feitas.
Móveis, reformas, contratação de profissionais e outras pendências que envolvem dinheiro devem ser discutidas de modo que o paciente viva o mais confortável e seguro possível.
A família passará a se tornar um pilar essencial na rotina do paciente portador de Alzheimer, desde pequenas participações, até tomar decisões importantes por ele.
Além disso, parentes com Alzheimer também se tornarão preocupações diárias para a família, e devem ser monitorados não somente pelos médicos e profissionais, mas também pelas pessoas queridas.
Como acalmar parentes com Alzheimer
Frequentemente, pessoas com Alzheimer podem apresentar crises de ansiedade, confusão e se tornarem agressivas.
Mesmo com o tratamento de remédios em andamento, quadros mais severos da doença podem provocar situações de confusão momentânea completa.
Além de afetar a memória, a doença de Alzheimer pode atingir a capacidade de comunicação, os movimentos e outras habilidades motoras.
Parentes com Alzheimer podem apresentar confusão em reconhecer familiares, mas quadros mais brandos não eliminam a possibilidade de desorientação, mesmo que aparente estar bem.
Dessa forma, em casos de confusão total, a ponto de não reconhecer onde está, quem são seus familiares e conhecidos e até mesmo quem é, a melhor indicação é tranquilizá-la aos poucos.
Orienta-se a manter alguma forma de identificação no paciente, como pulseiras, que indiquem seu nome e sua condição, até mesmo para que desconhecidos possam ajudar nesses casos.
Uma vez que a pessoa se acalma, os familiares devem falar tranquilamente, orientando-a sobre onde ela está, e garantindo sua segurança.
Por outro lado, parentes com Alzheimer que apresentem desorientação, como confundir pessoas, datas ou recordações do passado, é preciso ponderar se vale a pena contar determinadas coisas.
Muitas vezes, a pessoa não se recorda da própria doença, e contar a ela pode deixá-la mais estressada e agressiva.
Sendo assim, a família precisa tomar cuidado no momento de orientar o paciente, o tranquilizando acima de tudo, mostrando que ele está fora da zona de perigo que sua mente projeta.
Pacientes com Alzheimer podem demonstrar mudança de personalidade e humor, tornando-se irritadas e confusas. É essencial que os familiares se mantenham calmos e pacientes nesses momentos.
Adaptações na casa do paciente
Parentes com Alzheimer necessitam de cuidados médicos, mas também acompanhamento periódico em sua rotina.
Especialistas indicam que o paciente deve retomar suas atividades cotidianas, mesmo durante o tratamento, para que se ressocializem e não percam a sensação de autonomia.
Pensando nisso, existem determinadas adaptações importantes a serem feitas no ambiente em que o paciente vive.
Após o diagnóstico, é necessário que todos os cômodos possuam identificações fáceis de serem encontradas, tanto sobre a condição do paciente quanto sobre seu cotidiano.
Dependendo do caso de cada familiar, pode ser interessante distribuir pequenos bilhetes pela casa, como “desligue a televisão” ou “guarde o leite na geladeira”.
Essas atitudes ajudarão os parentes com Alzheimer a se orientarem sozinhos, em sua própria casa.
Além disso, adaptações no ambiente também são fundamentais. Retirar móveis mal localizados, que possam causar acidentes e reformas são recomendadas.
Por exemplo, substituir escadas por rampas de acesso, colocar barras nos banheiros e lavatórios, comprar móveis mais baixos e confortáveis são algumas das sugestões.
O idoso com Alzheimer e a família
Os idosos fazem parte de um grupo especialmente em risco, e costumam compor a maior porcentagem de pacientes diagnosticados com Alzheimer.
A família do idoso tem impacto fundamental após a descoberta da doença. Eles precisam fornecer apoio emocional, financeiro e tudo que for necessário.
Especialmente idosos necessitam de maior atenção, por conta da fragilidade de seus corpos e mente.
Cabe aos familiares cuidarem de parentes com Alzheimer, fornecendo atenção, cuidados, tirando suas dúvidas e acompanhando-os em atividades cotidianas.
Necessidades fisiológicas também devem ser supridas da melhor maneira possível.
Idosos não devem ser deixados sozinhos, e, se for possível, devem morar com seus familiares ou terem acompanhamento profissional.
Conclusão
Parentes com Alzheimer modificam toda a estrutura da família, e seu suporte é fundamental após o diagnóstico e durante o restante da trajetória.
Os familiares devem se atentar as mudanças que vêm com o diagnóstico, como organização, providenciar todas as necessidades do paciente e se adaptar a novas rotinas.
Pessoas com Alzheimer são capazes de ter uma vida plena e normal seguindo os tratamentos, mas também precisam de cuidados, e podem apresentar desorientações momentâneas.
Dessa forma, em momentos mais conturbados, é imprescindível manter a calma, fazer com que o paciente se sinta seguro e adotar medidas de identificação rápida e prática.
Idosos, que compõe o maior número de pacientes, precisam de outros cuidados, e a família tem papel fundamental.
Para cuidar de parentes com Alzheimer, é preciso realizar adaptações na estrutura familiar, no ambiente em que o paciente vive e nas dinâmicas cotidianas.
Assim, será possível providenciar uma boa qualidade de vida para o paciente, e estar presente em todos os momentos importantes para o familiar.